quarta-feira, 9 de junho de 2010

Uma moça indiana difícil de casar...



"(...) Tulsi e eu temos conversado bastante sobre casamento. Ela logo irá completar 18 anos, e essa é a idade em que passará a ser vista como uma legítima noiva em potencial. Vai acontecer assim: depois de seu 18° aniversário, ela deverá comparecer aos casamentos da família vestindo um sári, um sinal de sua maturidade. Alguma bondosa amma (“titia”) virá sentar-se ao seu lado e começará a fazer perguntas e a conhecê-la melhor. “Quantos anos você tem? De onde é sua família? O que o seu pai faz? A quais universidades você vai se candidatar? Quais são os seus interesses? Em que dia você faz aniversário?” Dali a pouquíssimo tempo, o pai de Tulsi receberá pelo correio um imenso envelope com uma foto do neto dessa mulher, que estuda ciência da computação em Délhi, junto com o mapa astral do garoto, suas notas na universidade e a inevitável pergunta: “Sua filha gostaria de se casar com ele?”

Segundo Tulsi: “É um porre.”

Mas ver os filhos bem casados significa muito para a família. Tulsi tem uma tia que acaba de raspar a cabeça em sinal de agradecimento porque sua filha mais velha – com a idade jurássica de 28 anos – finalmente se casou. E, além disso, ela era uma moça difícil de casar. Perguntei a Tulsi o que torna uma moça indiana difícil de casar, e ela disse que existem muitos motivos.

- Se ela tiver um mapa astral ruim. Se for velha demais. Se tiver a pele escura demais. Se for instruída demais, e você não conseguir encontrar um homem mais instruído do que ela, e isso é um problema hoje em dia, porque uma mulher não pode ser mais instruída do que o marido. Ou se ela teve um caso e a comunidade inteira sabe, ah, seria muito difícil arrumar um marido depois disso...” (GILBERT, 2008, pág 188-189)

GILBERT, Elizabeth. Comer, rezar, amar: a busca de uma mulher por todas as coisas da vida na Itália, na Índia e na Indonésia. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008.




Eu não tenho hábito de ler best sellers... Aliás, detesto-os. Li este apenas porque Elizabeth  esteve viajando pela Índia e ficou quatro meses em um ashram. Não é um livro ruim, mas eu gosto deste estilo de literatura, na minha classificação pessoal é um livro pra pedir emprestado ao amigo ou em uma biblioteca para ler uma vez, o que já é suficiente. Não é um livro que eu considere interessante para a minha biblioteca particular. Gostei de alguns trechos que estou reproduzindo em algumas postagens aqui no blog. Fica a dica pra uma leitura divertida e leve, para fins de semana chuvosos...
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6 comentários:

Amélia Ribeiro disse...

Olá linda!

Agradeço a dica, porque eu adoro ler, mas é sempre bom haver uma opinião prévia.

Obrigada e um beijo.

Amélia Ribeiro disse...

Olá linda!

Agradeço a dica, porque eu adoro ler, mas é sempre bom haver uma opinião prévia.

Obrigada e um beijo.

۞ Potira ۞ disse...

Alma alquimista

Obrigada! Espero que você goste do livro... Na coluna da direita há o tag livros/literatura com algumas resenhas e também uma lista "Para leituras indianas".

=)

Cafe Masala disse...

nossa que situacao... 28 anos ja eh jurassica pra casamento... pobre da mae que ficou careca...
legal a dica do livro... tbm quero ver...
tem selinho pra vc lah no cafemasala...
bjus

۞ Potira ۞ disse...

Pois é Jacqueline...

Eu ainda tenho 4 anos pra casar antes de "virar jurássica"... huauhauha

Obrigada pelo carinho!

Beijos

=)

♣Scɑrłєŧŧ♣ disse...

Olá eu gosto desse livro mais só as duas 1ª partes,a que se passa na Indonésia eu não curti nem um pouco,a que eu mais gostei foi a da Itália,tenho uma forte paixão pela Itália...

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