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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Arte Contemporânea da Índia em São Paulo

Arte indiana é tema de Urban Manners 2 – Artistas Contemporâneos da Índia, no SESC Pompeia em São Paulo
I love my India, de Avinash Veeraraghavan
 
 
O que: Exposição de Arte Indiana Contemporânea.
Onde: Sesc Pompéia em São Paulo, SP- Brasil.
Quando: De 21 de janeiro a 4 de abril de 2010. Abre de terça a domingo.

 Parceria entre o SESC São Paulo e a ONG ART for The World, a mostra, sob curadoria de Adelina von Fürstenberg e com colaboração de Peter Nary, apresenta obras de 11 emblemáticos artistas indianos da nova geração. 

Depois de sua primeira edição em Milão [2007], Urban Manners 2 – Artistas Contemporâneos da Índia chega ao Brasil no dia 21 de janeiro. Com realização do SESC São Paulo, a mostra conta com projeto da ART for The World, ONG afiliada ao órgão da ONU, UNDPI - United Nation Department of Public Information.
Para esta exposição em São Paulo, uma nova série de trabalhos foi selecionada por Adelina Von Fürstenberg, renomada curadora suiça de origem armênia, fundadora do Centre d’Art Contemporain de Genève e do ART for The World, em parceria com Peter Nagy, crítico de arte norte-americano residente em Nova Delhi e especialista em arte contemporânea indiana.

Com a idéia de revelar as surpreendentes contradições da Índia globalizada a partir de temas como imigração, meio ambiente, poluição, consumismo, gênero, pobreza, e perda dos valores tradicionais, os artistas locais Sheba Chhachhi, Atul Dodiya, Anita Dube, Probir Gupta, Subodh Gupta, Ranbir Kaleka, Jitish Kallat, Reena Saini Kallat, Raghubir Singh, Thukral & Tagra e Avinash Veeraraghavan se expressam pela escultura, pintura e arte em vídeo.

Na vanguarda da arte contemporânea, esses artistas indianos colocam em questão as especificidades de um país em constante modernização, mas que ainda é conhecido pela extrema pobreza e pelas tradições filosóficas e religiosas. Segundo Adelina, “essa é uma exposição de extrema relevância. A importância dos artistas indianos reunidos na mostra poderia ser comparada à significação que os artistas pop tiveram em sua época”.



 

 

SOBRE AS OBRAS


Neelkanth (Blue Throat): Poison/Nectar [Neelkanth (Garganta Azul) Veneno/Néctar] de Sheba Chhachhi [2003-2008]
Caminhar na instalação é como ter uma vista aérea de uma cidade mítica onde centenas de arranha-céus são feitos de metal reflexivo brilhante. Nos quatro cantos há painéis de backlights com fotografias dos resíduos gerados diariamente na cidade no formato de enormes aterros sanitários.
Man with Cockerel [Homem com galeto], de Ranbir Kaleka [2001-2002]
A obra apresenta uma projeção sobre os dois lados de uma placa, onde há um homem entrando pela direita e carregando um pequeno galo em total sincronização com o seu reflexo. No espaço ambíguo, ele para e olha para o espectador antes de desaparecer.
Walls of the Womb [As paredes do útero], de Reena Saini Kallat [2007]
Esta obra reflete sobre a fragilidade da condição humana a partir de doze saris pendurados na parede, contendo um texto em braile e acompanhados por cadernos de receitas, sons e perfumes.
Pale Ancestors [Ancestrais pálidos], de Atul Dodiya [2007]
Composta de 14 séries de aquarelas em tons pálidos, de cor e formas delicadas; a obra é uma meditação sobre a vida humana, nossas origens distantes e o destino comum. Morte, guerra, terrorismo, disputa política e sofrimento humano são trazidos à tona dos mundos aquosos somente para escaparem novamente.
Chance Piece A [Peça aleatória A] e Chance Piece B [Peça aleatória B], de Anita Dube [2008]
Estas obras dão continuidade à exploração da artista em palavras/textos e estruturas de telas. Ao recortar palavras em uma chapa de madeira, Dube a perfura para transformá-la em uma tela As palavras recortadas só podem ser vistas frontalmente, face a face. Se nos distanciamos, elas se tornam linhas verticais cruzando as linhas horizontais do tecido com padrão de zebra, para criar uma densa grade e, de lado, o texto poderá ser lido como uma partitura musical.
Three Texts [Três textos], de Anita Dube [2009]
Nascida de uma performance na ARCO – mostra de arte em Madri, a obra explora visualmente muitos dos temas acima através do gesto performático de escrever três fragmentos de texto, um sobre o outro.
Hungry God [O deus faminto], de Subodh Gupta [2005-2006]
Uma obra de grandes dimensões, imensa “montanha” feita de objetos simples, do cotidiano, tais como baldes de leite de aço inoxidável, panelas, potes e outros utensílios de cozinha, relacionando com a transformação do estilo de vida indiano e as consequências dessas mudanças em grande escala.
Aquasaurus, de Jitish Kallat [2008]
Escultura esquelética monumental de sete metros de comprimento de um tanque de água que se metamorfoseia em uma criatura pré-histórica que personifica a transformação radical da vida urbana indiana. O ritmo rápido do crescimento da Índia e o desenvolvimento urbano descontrolado significam que a água está cada vez mais escassa para milhões de pessoas.
Artist Making Local Call [Artista fazendo uma ligação local], de Jitish Kallat [2005]
O trabalho fotográfico é um panorama de dez metros onde o artista “controla” simbolicamente o imediato, fazendo referência não só à história da própria prática, mas também aos inúmeros temas santificados no teatro das ruas indianas. Ao se empregar um formato panorâmico de 360 graus, é possível captar múltiplos espaços de tempo em uma única imagem estática.
Now in your Neighborhood [Agora no seu bairro], de Thukral & Tagra [2008]
Escultura gigante de um dinossauro cor-de-rosa feito de garrafas plásticas, a obra incorpora a estética conscientemente lúdica da dupla de artistas, ao mesmo tempo em que aborda assuntos reais sobre desperdício e excesso de produção.
Delightfully Dreadful 1 [Deliciosamente terrível – 1] e Overcooked, Overdose and Overcast 1 [Cozido demais, Overdose e Nebuloso 1], de Thukral & Tagra [2009]
Sua obra vívida, repleta de cores, demonstra uma fascinação pelo consumismo, diluindo os limites entre as belas-artes e a cultura popular.
Marx Mao – No face value [Mark Mao – Sem valor declarado], de Probir Gupta [2008]
Artista mais figurativos, sua pintura caracteriza-se por uma energia visceral que de um modo geral vem desaparecendo das imagens irônicas e extravagantes encontradas na pintura contemporânea indiana.
The National Product (Gandhi) and Others [O produto nacional (Gandhi) e outros], de Probir Gupta [2008]
Já sua escultura, esta obra brinca com a sigla em inglês GNP (PIB, em português), ao colocar uma grande estátua de Gandhi, coberta de grafites, diante de uma montagem de fotos e letreiros de lojas indianas. O trabalho reflete o pastiche visual da vida na Índia, ao mesmo tempo em que aborda a atmosfera reinante da mudança política.
Série de fotos de Raghubir Singh [período varia entre 1977 e 1993]
Surpreendentes imagens nas quais as cores parecem incorporar a forma que oferece a beleza total de seu país. Seu uso altamente sensível de cor e de estruturas complexas de imagens estende uma ponte entre as tradições pictóricas ocidentais e indianas, ainda assim permanecendo unicamente indiana.
I Love My India [Amo minha Índia] de Avinash Veeraraghavan [2002]
A apresentação de slides em vídeo apresenta uma jornada visual por cidades indianas a partir de um ponto de vista raro, não ocidental. Uma descrição espirituosa e original da vida nas ruas, da cultura popular e kitsch combina a visão do conhecedor irônico com aquela do viajante curioso. As histórias não são lineares e convidam o leitor a desfiar e a reinventar os seus significados.


Fonte:http://www.sescsp.org.br/sesc/revistas/subindex.cfm?Paramend=1&IDCategoria=6402
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4 comentários:

Antònio Manuel disse...

Amiga!

Venho lhe ofrecer o selinho do primeiro aniversàrio do Blog *Pôesia do Mundo*

Agradeço lhe todos belos momèntos de leitura que me prociona:
Os mèus melhores comprimèntos

Antònìo Manuel

José luis disse...

Encantador tu blog y muy interesante, felicidades, un saludo.
Gracias por tus visitas,José luis

Flávia Simas disse...

Olá Potira, interessante mesmo essa exposição, viu.

Ah, meu blog está de volta, cheio de erros, com os posts misturando, as fotos sumiram mas eu continuo lá, firme e forte, só que em outro endereço, passa lá depois =D

Tenha uma ótima semana, moça.

Flávia.

Anônimo disse...

Interessante essa exposição de Arte Contemporânea da Índia! Pois quando penso nesse país místico, logo imagino e me transporto no passado com os monumentos históricos de rara beleza arquitetônica, cultura milenar, etc e tal... Pura ingenuidade minha, não é mesmo? (risos) Mas agora percebo através dessas belas imagens uma Índia com um toque de modernidade!!! Magnífico!

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