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quarta-feira, 14 de abril de 2010

Arqueologia Literária: A Sabedoria dos Upanixades de Annie Besant

Começando a série Arqueologia Literária aqui no blog... 

O objetivo é trazer para a discussão poemas, livros ou contos que estou descobrindo pela biblioteca...


BESANT, Annie. A sabedoria dos Upanixades. São Paulo: Editora Pensamento, s.d.
Título original: The wisdom of the Upanishads Edição: The Theosophical Publishing House Adyar, Madras, Índia.

Quatro conferências proferidas por ocasião do 31º Aniversário da Sociedade Teosófica em Adyar em dezembro de 1906. Tradução de Carlos Alberto da Fonseca.

As conferências foram denominadas "Brahman é Tudo", "Is'vara", "Os Jîvâtman" e "A Roda dos Nascimentos e das Mortes".

"(...)Uma palavra eu deixei deliberadamente sem tradução - tapas. Não há nenhuma palavra inglesa [nem portuguesa (N.T.)] que expresse o seu significado; as várias traduções que até agora foram feitas - austeridade, penitência, ascetismo, devoção - estão todas elas nela contida, mas ela é muito mais do que todas juntas. Provém da raiz TAP, "arder". Há nela calor, uma força abrasadora, que tudo consome. O fogo do pensamento está nela, o fogo que cria. O fogo do desejo está nela, o fogo que devora. Pode ser definida como "uma atividade física esforçada continuada, rigorosamente controlada e dirigida pela vontade em direção a um pensamento concentrado." Por meio de tapas Brahman criou mundos; por meio de tapas  Vis.n.u alcançou sua categoria sublime; por meio de tapas Mahâdeva tornou-se o Jagat-Guru. Por meio de tapas todo R.s.i obteve seus poderes sobrenaturais e obrigou que até mesmo os Devas mais relutantes concedessem suas dádivas. Resolvi, então, manter a palavra em sua forma original, de maneira a possibilitar sua inclusão no vocabulário teosófico, do qual já fazem parte karman e dharma. 
Que este pequeno livro prossiga em sua missão e conquiste alguns adeptos para o estudo de sua fonte.* 
ANIE BESANT

*[Na grafia das palavras sânscritas, harmonizou-se a transcrição dos termos originais segundo critérios estabelecidos pelo Comitê de Transliteração do Congresso Orientalista de Genebra, realizado em setembro de 1894, que são seguidos até hoje pelos indólogos e pelas editoras que menos confusão querem gerar nesse setor. (N.T.)]"

(Do Preâmbulo, páginas 7 e 8.)
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