Al diablo que lo doy
el desastrado perdido.
Qué más India que vos,
qué más piedras preciosas,
qué más alindadas cosas,
que estardes juntos los dos?
(VICENTE, Gil. Auto da Barca do Inferno, Farsa de Inês Pereira e Auto da Índia. São Paulo: Ática, 1999. Pág. 117.)
Este trecho da farsa escrita em 1509 pelo português Gil Vicente traz a fala do castelhano Juan de Zamora para sua amante Constança. Ele protesta o fato do marido ter partido e deixado a esposa e diz que não pode haver nenhuma Índia maior que ela, que não pode haver pedras preciosas nem coisas mais lindas do que estarem os dois juntos.
Esta é a comédia de Constança, cujo marido havia embarcado para a Índia na armada de Tristão da Cunha. Descrente do seu retorno visto que muitos navegadores jamais retornaram aos seus lares depois que partiam para o Oriente, Constança envolve-se com dois amantes até que após três anos o marido retorna.
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