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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

"Como uma flauta de cana, para que a enchas de música..." Tagore


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A minha cantiga despe-se dos seus adornos. Não se orgulha de roupagens e ornatos. Quaisquer enfeites perturbariam a nossa união; eles se intrometeriam entre nós dois; o seu tilintar abafaria os teus murmúrios.



A minha vaidade de poeta morre de vergonha ao teu olhar. Sentei-me a teus pés, ó mestre poeta! Deixa-me apenas tornar a minha vida simples e reta como uma flauta de cana, para que a enchas de música.


(TAGORE, Rabindranath. Gitanjali. São Paulo: Martin Claret, 2006. pág. 32)



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