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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Os olhos de Ajanta: jóia rara do budismo em Maharashtra, Índia.


Quem está em Mumbai não pode deixar de conhecer a ilha de Elefanta, Ellora e também as Cavernas de Ajanta, três maravilhas arqueológicas que se pode visitar partindo de Aurangabad, antiga capital do Imperador Aurangzeb no século XVIII.

"Os templos-cova e mosteiros de Ajanta, em Maharashtra, englobam um período de mais de 600 anos desde o século II a. C., e contem alguns dos mais esplêndidos exemplos da arte budista primitiva da Índia. Particularmente impressionantes são as pinturas murais que mostram cenas da vida do Buda e de outras divindades. As mais numerosas estão na cova 17, da qual vem este detalhe, [reproduzido abaixo] e datam do século V d.C. As pinturas desta cova incluem uma incomum composição da Roda da Vida e um painel que mostra Indra voando entre as nuvens, acompanhado por um grupo de seres celestiais, bem como elaboradas representações de figuras do Buda e cenas históricas de Jakata."
(JOHNSON, Gordon, Cultural atlas of India. Barcelona: Fólio, 2008. pág. 69)




"Em templos de 1,5 mil anos atrás, artistas indianos retrataram seus deuses como visões do sublime."
Revista National Geographic, nº 94, Janeiro de 2008, páginas 92 a 109.
Por Tom O'Neill e fotos de Benoy K. Behl


"Ajanta é um lugar único, uma das pérolas do budismo. Entre o século II antes da era cristã e o século VIII de nossa era, cerca de trinta grutas foram cavadas no basalto numa espécie de vale montanhoso que se alarga em forma de ferradura quase fechada, mas que lembra sem grande esforço a Roda da Vida. [Roda da Lei ou Roda da Vida, no budismo, simboliza a natureza cíclica da vida] 
(CARRIÈRE, Jean Claude. Índia: um olhar amoroso. São Paulo: Ediouro, 2009. Pág. 20-21)




"E estas mulheres, de flexibilidade particularmente lasciva e de olhos singulares - os olhos de "Ajanta"- que deslizam flores de acácia por trás das orelhas como hoje ainda fazem as jovens habitantes de Aurangabad, não são filhas do demônio Mara, que um dia vieram inutilmente tentar o Iluminado.
Elas são mulheres da corte, que não têm nada de provocante, nada de insolente, e cuja sensualidade parece natural." 

CARRIÈRE, Jean Claude. Índia: um olhar amoroso. São Paulo: Ediouro, 2009. pág. 23
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2 comentários:

Ana Lucia disse...

Lindo post! Adoro este blog!
Beijo

۞ Potira ۞ disse...

Raquel e Ana Lúcia, muito obrigada!

=)

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