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terça-feira, 26 de abril de 2011

Enquanto isso na Índia... Mini-livro animado!

 


Semana passada chegaram mais alguns livros para a minha coleção, entre eles o Enquanto isso na Índia. 

Veja abaixo quem foi o curioso que veio verificar os novos companheiros...

OLIVEIRA, Eduardo. Enquanto isso na Índia. 1ª ed. 2ª reimpressão. Porto Alegre: Editora Projeto - Coleção Fliptum, 2007.
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quinta-feira, 21 de abril de 2011

Cycle Rickshaws in Allahabad

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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Bailadeiras, as Devadasis de Goa...

Alguma vez você já ouviu falar em "prostitutas sagradas" da Índia? Meninas e mulheres que dedicam-se à antigas práticas culturais num arranjo ímpar entre religiosidade e sexualidade?

"A prática de oferecer meninas a divindades na esperança de conseguir fertilidade e prosperidade não é exclusiva da Índia. Na Itália, por exemplo, era costume oferecer uma "vestal virgem" durante a época da colheita de uvas, e as civilizações da Mesopotâmia, Babilônia, Egito, Síria e Grécia usavam moças para aplacar os deuses." (Devadasis, as servas da deusa)

Na postagem sobre as Devadasis (leia novamente clicando no link acima) o nosso querido Evandro do blog A vida numa Goa comentou sobre seu encontro com as bailadeiras goesas durante sua viagem à Índia. Segundo ele, é mais um dos aspectos culturais tipicamente indianos, ou seja "complexo, ambíguo, difícil..." E põe difícil de entender para nós, os ocidentais não é mesmo Evandro?

Evandro (de camiseta branca) com as Bailadeiras de um templo em Goa. (Foto gentilmente cedida para esta postagem)

Desde que chegaram nas terras do reino no além mar, os cronistas portugueses nas colônias lusitanas no Oriente dedicaram-se a registrar as práticas culturais dos nativos. Seus diários, correspondências e publicações testemunham acontecimentos de uma época singular na História da Humanidade: o choque cultural Ocidente X Oriente ("Civilização" versus "Barbárie") nos séculos XVI, XVII e XVIII. Os elementos culturais, alimentação, vestimenta, habitação, língua, organização política, religião, trabalho, etc. dos povos orientais destacavam-se nestes registros e demonstravam os olhares de estranhamento e até mesmo aversão à algumas destas práticas. O preconceito, a distorção e a incompreensão levaram estes ocidentais à classificar estes "outros" como incivilizados, irracionais, bárbaros, justificando desta forma a dominação imposta aos mesmos.
E é mais ou menos esta a visão que os portugueses tinham dos indianos no período da expansão ultramarina. Boa parte destes cronistas eram religiosos, militares ou ocupavam cargos administrativos à mando de Portugal, sua visão de mundo etnocêntrica, católica, ocidental e paternalista, denuncia o rigor a que submetiam suas análises dos nativos orientais. Neste contexto é que eles descrevem as bailadeiras de Goa como dançarinas, "artistas de segunda classe", prostitutas à serviço dos templos e não poupam críticas em relação à estas "mulheres públicas".
* * *

Leia abaixo trechos do Glossário Luso-Asiático sobre o termo "Bailadeira":

"Bailadeira (Balhadeira, p.us.). É a mulher que na Índia dança por profissão. Vive geralmente ao pé do pagode e exerce a prostituição. O célebre chinês Hiuen Thasanf, peregrino budista do século VII, faz menção de bailadeiras que cantavam constantemente num pagode de Multane. Os franceses e os ingleses transformaram bailadeira em bayadère, que alguns portugueses empregam por não conhecerem na língua vernácula termo equivalente! Em indo-inglês usa-se mais dancing-girl, ou nautch-girl, que tambêm significa o mesmo. Em concani chamam-lhe kalävant ou kalvant, "artista". V. Gonçalves Viana, Palestras. 
[...]
1577.- "As balhadeiras, em que está toda a felicidade dos infieis destas partes são libertas de todas as tyranias e vituperios acima ditos; são molheres publicas que por dinheiro se não negão a ninguém, as quaes andão bem ataviadas  e acompanhadas; chamão lhe balhadeiras, por que balhão, cantão, tangem, volteão, muito bem ao seu modo". - Primor e Honra. fl. 9.
[...]
1603. - "No segundo sobrado hião muitas molheres, das que chamão bailadeiras dos Pagodes, que todas são publicas, deshonestas, e ganhão com suas torpezas pera o Pagode, as quaes hião dansando e cantando, e bailando". - Fr. Antonio de Gouveira, Jornada do Arcebispo, fl. 39.
[...]
1697. - "Bayladeiras se chamão na India as mulheres publicas, que habitão nos pagodes; por que todas baylão, e cantão... Recolhiãose tambem neste pagode as viuvas, que se não atrevião a queymar vivas com os maridos como costumam alguns destes barbaros". - P. Francisco de Sousa, Oriente Conquistado, II, r, 1.
[...]
1825. - "As bailadeiras são dançarinas da segunda ordem; recebem egual educação; mas não ficam sendo propriedade dos pagodes" (como as devadasis q.v.). - José Inácio de Andrade, Cartas, r, p. 48.
[...]
1877. - "As bailadeiras formam na India uma instituição monstruosa, anomala, aos olhos dos christãos. Como as sacerdotizas de Vesta, ellas alimentam no templo o fogo sagrado, e, como as bacchantes das saturnaes, são votadas aos prazeres lascivos dos seus voluptuosos senhores". - Tomás Ribeiro, Jornadas, II, p.102.  
[...]
1886. - "As kalavontes são mais conhecidas pelo nome de bailadeiras, que lhes deram os primeiros portuguezes, que vieram á India". - Lopes Mendes, A India Portuguesa, II, p. 34." 

(DALGADO, Sebastião Rodolfo. Glossário Luso-Asiático*. Parte II. Hamburg: Buske, s/d. Páginas 80 e 81.)
*Reimpressão da edição original de Coimbra, 1919.
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domingo, 17 de abril de 2011

Vasco da Gama chega na Índia



Ilustração de César Lobo In: NOVAES, Carlos Eduardo. História do Brasil para principiantes. São Paulo: Ática, 1997. Pág.20.
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sábado, 16 de abril de 2011

Bramanismo, Budismo e Jainismo nos primórdios da nossa era.

"Prosseguindo na política do imperador Asoka, os soberanos dos sucessivos impérios do Norte e do Sul da Índia, permitiram a coexistência do bramanismo, do budismo e do jainismo. Estas três religiões na verdade se misturavam nesta época. O budismo e o jainismo se apresentavam somente como reformas morais do bramanismo. O próprio Buda tornou-se aos olhos dos hindus vixnuístas a última "avatar" do seu deus supremo. O budismo herdou do bramanismo uma parte das suas aspirações espirituais, mas valorizando o homem que podia só com a sua força, sem a intervenção divina, ganhar a própria salvação. Permanecia essencialmente uma moral e um método de salvação. Os deuses brâmanes não foram absolutamente negados. Foram também, nos primeiros séculos da nossa era, as únicas divindades do panteão budista e jainista. Mas os próprios deuses eram considerados somente Atmans - alguns superiores - que deviam mais uma vez encarnar numa figura humana para atingir o Nirvana, isto é, o estado de "não ser" o Nada final. O fim de cada existência virtuosa, devotada ao desprendimento e à verdade, não é nada mais que a destruição integral do corpo e do Atman. Toda a doutrina de Buda é baseada na descoberta pessimista que o Grande Sábio fêz do sofrimento humano. Quando ainda era o Príncipe Siddharta, o futuro Buda encontrou um mendigo, um doente, um cadáver que era levado para a fogueira e um monge. Estas visões lhe fizeram ver a miséria humana e a vaidade de sua vida principesca. Êle seguiu a dolorosa escola do ioga e do ascetismo, desejando destruir seu corpo para libertar o espírito, mas renegou esta teoria porque compreendeu que o nascimento é a origem de toda a dor corpórea e espiritual. A primeira causa desta dor é o desejo, a avidez de empreender, de realizar e conservar. A segunda é a falta de domínio de si mesmo. A terceira é a ignorância, isto é, a recusa, a indiferença em saber que a vida terrena é apenas uma triste sucessão de provações humilhantes. Existe somente uma via de salvação: uma libertação completa, aquela que gera o Nirvana. Este segue a autoconsciência, a prática do autocontrole, que finalmente anula o desejo. A visão jainista se caracteriza também pela tomada de consciência do homem como valor espiritual, mas, contrariamente às teorias bramanistas e budistas, o Atman é eterno. Cada Atman conhece antes existências transmigratórias e pode chegar ao estadoi de alma livre. A condição para isto é uma bondade incondicional que se traduz por uma não-violência integral."

ROLLAND, Jacques-Francis. Historama. Vol.3. Buenos Aires, Editora Codex, 1972. Pág. 45-46.
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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Casamento na Índia... Cores, flores, sorrisos...

 


Photos: Raman Gulati (Soniclude Flickr)
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terça-feira, 12 de abril de 2011

Índia, índios e indianos: Uma confusão de 500 anos!

   Na língua portuguesa utilizamos as palavras índio, indiano e indígena com sentidos específicos. O mesmo não ocorre na língua inglesa, onde utilizamos indian tanto para designar os habitantes da Índia quanto para os nativos americanos. Mas a confusão vem de longa data, tem mais de cinco séculos que Colombo morreu achando que havia chegado na Índia...
   Cristóvão Colombo e os navegadores portugueses de fins do século XV buscavam um caminho marítimo para chegar na Ásia, mais especificamente a Índia (com seus mercados de especiarias). Acabaram chegando na América (na região do Caribe) e foi então que se estabeleceu a confusão:


Achando que estavam na Índia, chamaram os habitantes de índios...

Ilustração de César Lobo In: NOVAES, Carlos Eduardo. História do Brasil para principiantes. São Paulo: Ática, 1997. Pág.25.
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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Udaipur's ghat at sunset

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Arte Indiana Antiga: a infância de Krishna.


Krishna, que se diverte no balanço. Estilo de Guler. Cerca de 1750. Londres, British Museum.

ROLLAND, Jacques-Francis. Historama. Vol.3. Buenos Aires, Editora Codex, 1972. Pág. 44-45.

A imagem está disponível no site Old Indian Arts.
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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Miniaturas indianas: jovem mulher penteando-se.



Jovem mulher penteando-se. Miniatura indiana. Século XVIII. Paris, Museu Guimet.


ROLLAND, Jacques-Francis. Historama. Vol.2. Buenos Aires, Editora Codex, 1972. Pág. 167.

Repare novamente nas jóias e na estranha vestimenta da moça que deixa à mostra o peito e é feita de um tecido transparente. Seria uma espécie de roupa de baixo na Índia do século XVIII?
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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Miniaturas indianas: o planeta Saturno (Krishna).



O planeta Saturno (Krisna). Miniatura indiana. Século XVIII. Paris, Museu Guimet.

ROLLAND, Jacques-Francis. Historama. Vol.2. Buenos Aires, Editora Codex, 1972. Pág. 168.


Saturno era um dos planetas conhecidos pelos astrólogos hindus e era ele quem determinava a trajetória das pessoas de acordo com seus bons ou maus feitos. Talvez esta ilustração refira-se ao deus Krishna dirigindo Saturno, assim como conduziu Arjuna na batalha descrita no Bhagavad Gita. 


Envie sua interpretação através dos comentários...
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terça-feira, 5 de abril de 2011

Sutilezas nem tão sutis...



Essa dica é para quem não tem a pretensão de transformar a casa em um arremedo de cenário de filme indiano, mas gosta de incorporar um elemento indiano à decoração.
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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Bolo "indian style"


Lindo este bolo decorado em estilo indiano, como se um saree o estivesse cobrindo...
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sábado, 2 de abril de 2011

Cores na decoração de casamentos na Índia.


Que tal se inspirar na decoração dos casamentos indianos e ousar decorar seu casamento com um pouco mais de cor?









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O príncipe indiano em seu cavalo...

Para você que também adora bonecos indianos... 
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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Diva!

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Os Romanos na Índia

Os Romanos estabeleciam relações comerciais no Oceano Índico desde a descoberta do comportamento das monções pelo grego Hípalo. Seguindo os ventos das monções, navios árabes e romanos podiam atingir a Índia e o Ceilão (atual Sri Lanka) para comercializar mercadorias entre Ocidente e Oriente.

"O comércio com a Índia tornou-se importantíssimo a partir do reinado de Augusto que recebeu embaixadas indianas em Tarragona e Samos, assim como Trajano. Todos os anos partiam 100 navios de Myos Hornos, porto romano no Mar Vermelho, para a Índia e igualmente para o Tonquim, países para onde exportavam vinho, objetos de vidro e produtos metalúrgicos. Quanto às importações romanas da Índia, consistiam em especiarias, pérolas, tecidos raros e madeiras preciosas. Plínio avaliava em 100.000.000 de sestércios ouro a soma anual dessas importações. As moedas imperiais eram de resto muito valorizadas na Índia, onde eram inclusive imitadas: as peças de ouro hindus tinham o mesmo peso dos 'aurei'." (ROLLAND, Jacques-Francis. Historama. Vol.2. Buenos Aires, Editora Codex, 1972. Pág. 169.)

As moedas da imagem são imitações de moedas romanas feitas na Índia, possuem perfurações que provavelmente foram feitas para a utilização destas como pendentes.
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