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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Presente do sogro...




Fim de semana o namorado trouxe um presente que o sogro mandou!!! Ainda bem que no final tem legendas em inglês porque eu não sei ler tamil... 

Mais detalhes na próxima postagem... =D
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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Para curtir no Facebook e seguir no Twitter

Os leitores pediram um contato através das redes sociais, então aí está:







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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Dica de Música Oriental - Sitarial por DJad


Sitarial por DJad 

(clique e ouça)
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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A Feiticeira de Florença - Salman Rushdie

"Essa pode ser a maldição da raça humana. Não que sejamos tão diferentes uns dos outros, mas que sejamos tão parecidos."

No final do século XVI, um sábio imperador muçulmano, cercado de poetas e artistas e conhecido por sua tolerância, comanda uma civilização de grande requinte artístico e intelectual na bela cidade de Fatehpur Sikri, no norte da Índia. Certo dia, Akbar, o Grande, descendente de Gêngis Khan, recebe a visita de um jovem de cabelos dourados e trajes de arlequim que afirma ser seu parente direto. Mogor dell'Amore é o nome do misterioso viajante, e a fabulosa história que tem para contar é a de um jovem florentino, Antonio Argalia, que resolve tentar a sorte como mercenário e termina no comando das forças otomanas. No caminho de Argalia, porém, há uma princesa esquecida de linhagem imperial, de cujos belos olhos negros emana poder suficiente para enfeitiçar tanto a Sikri do grande imperador mongol como a Florença dos Medici. Oriente e Ocidente se encontram nesta bela trama tecida de magia e realidade, criada por um dos mais renomados romancistas contemporâneos. Fisicamente, enorme distância separava a corte de Akbar da Florença renascentista. Mas, no plano das idéias, talvez essa distância não fosse tão grande como se costuma pensar.

RUSHDIE, Salman. A feiticeira de Florença. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

Título original: The Enchantress of Florence.
Copyright © 2008 by Salman Rushdie.

"(...) Ele podia sonhar em sete línguas: italiano, espanhol, árabe, persa, russo, inglês e português. Pegava línguas do mesmo jeito que a maioria dos marinheiros pegava doenças; línguas eram a sua gonorréia, sua sífilis, seu escorbuto, sua febre, sua peste. Assim que adormeceu, metade do mundo começou a tagarelar em sua cabeça, contando incríveis histórias de viajantes. Nesse mundo semidescoberto, cada novo dia trazia notícias de novos encantamentos. A visionária, reveladora poesia dos sonhos do cotidiano ainda não havia sido esmagada pela estreita e prosaica realidade. Ele era um contador de histórias, tinha sido atraído para fora de sua porta por histórias de portentos, e por uma em particular, uma história que poderia fazer sua fortuna ou, talvez, custar-lhe a vida." (pág. 17)

"Ao amanhecer, os assombros palácios de arenito da nova 'cidade da vitória' de Akbar, o Grande, pareciam feitos de fumaça vermelha. A maior parte das cidades começa dando a impressão de ser eternas quase desde que nascem, mas Sikri iria sempre parecer uma miragem. Quando o sol chegava ao zênite, a grande clava do calor diurno se abatia sobre as pedras das ruas, ensurdecendo os ouvidos humanos para qualquer som, fazendo o ar tremer como um antílope assustado, enfraquecendo a fronteira entre a sanidade e o delírio, entre o inventado e o real." (pág. 35)

"As mulheres pensam menos nos homens em geral do que o geral dos homens imagina. As mulheres pensam em seus próprios homens com frequência do que seus homens gostam de acreditar. Todas as mulheres precisam de todos os homens menos do que todos os homens precisam delas. Por isso é tão importante manter uma boa mulher dominada. Se o homem não domina a mulher, ela certamente vai embora." (pág. 60)

"Quando um menino sonha uma mulher ele lhe dá grandes seios e cérebro pequeno', ela murmurou. 'Quando um rei imagina uma esposa, ele sonha comigo". (pág. 61)

"(...) Idéias eram como marés do mar ou fases da lua, elas surgiam, subiam, cresciam a seu tempo devido, e depois baixavam, escureciam e desapareciam quando a grande roda girava. Eram moradas temporárias, como tendas, e uma tenda era seu abrigo adequado. Os construtores de tendas mughais eram gênios à sua própria maneira, criavam casas desmontáveis de grande complexidade e beleza. Quando o exército marchava, era acompanhado por um segundo exército de dois mil e quinhentos homens (sem falar de elefantes e camelos) que erguiam e baixavam pequenas cidades de tendas nas quais o rei e seus homens residiam. Esses pagodes, pavilhões e palácios portáteis tinham até inspirado os pedreiros de Sikri - mas uma tenda era sempre uma tenda, uma coisa de tela, pano e madeira que representava bem a impermanência das coisas da mente.(...)" (pág. 91)

"(...) É preciso dar um passo para fora do círculo para ver que ele é redondo". (pág. 92)

"Senhor', disse Mogor dell'Amore, com calma, 'sinto atração pelos grandes panteões politeístas porque as histórias são melhores, mais numerosas, mas dramáticas, mais engraçadas, mais maravilhosas; e porque os deuses não nos dão bom exemplo, eles interferem, são vaidosos, petulantes e se comportam mal, o que, confesso, é bem atraente." (pág. 158)

"Poesia é o que ela gosta, não flores. Ela já tem bastante flores." (pág. 172)

"Para uma mulher agradar a um homem', disse o imperador, 'é preciso que ela saiba cantar. Ela deve saber tocar instrumentos musicais e dançar, e fazer essas três coisas ao mesmo tempo quando solicitada: cantar, dançar e soprar uma flauta ou dedilhar uma melodia numa corda. Ela deve escrever bem, desenhar bem, ser apta na confecção de tatuagens e estar preparada para recebê-las em qualquer lugar que o homem deseje. Ela deve saber falar a linguagem das flores quando decora camas ou divãs, ou quando decora a piso: a cerejeira é para a lealdade, o narciso para a alegria, o lótus para a pureza e a verdade. O salgueiro é a mulher e a peônia é o homem. Os botões de romã trazem fertilidade, as azeitonas trazem honra e as pinhas são para vida longa e riqueza. A ipoméia deve ser evitada sempre porque fala de morte." (pág. 173)

"Nas artes de manchar, tingir, colorir e pintar os dentes, as roupas, as unhas e o corpo, a mulher deve ser incomparável (...) Uma mulher deve saber tocar música em copos cheios com líquidos de vários tipos em diferentes medidas', disse o imperador, arrastando as palavras. 'Deve ser capaz de fixar um vitral no chão. Deve saber fazer, arrumar e pendurar um quadro; produzir um colar, um rosário, uma guirlanda, um festão; e guardar ou recolher água num aqueduto ou num tanque. Ela tem de conhecer perfumes. E enfeites para a orelha. E deve saber representar, e aparecer em apresentações teatrais, e deve ser rápida e segura com as mãos, e ser capaz de cozinhar e fazer limonada e sorvete, e usar jóias, e amarrar o turbante de um homem. E deve, claro, saber magia. Uma mulher que sabe essas poucas coisas é igual a qualquer homem bruto e ignorante." (pág. 175)

"Do outro lado do Mar Oceano, no Mundus Novus, as leis comuns do espaço e do tempo não se aplicavam. Quanto ao espaço, ele era capaz de se expandir violentamente num dia e depois encolher no dia seguinte, de forma que o tamanho da terra parecia duplicar ou reduzir-se à metade. Diferentes exploradores traziam relatos radicalmente diferentes das proporções do novo mundo, da natureza de seus habitantes e da forma como esse novo quadrante do cosmos tendia a se portar.(...)" (pág. 371)
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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Especiarias


Especialmente para a manhã de hoje!

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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Haroun e o Mar de Histórias - Salman Rushdie

Como você explicaria ao seu filho que você foi perseguido e condenado a morte pelos seus escritos? 

Salman Rushdie criou uma fantástica narrativa sobre Rashid, um contador de histórias que vivia numa cidade triste. Ele era assinante da Água de Histórias vinda do Mar de Histórias, através de uma torneira invisível, instalada por um Gênio da Água. Quando repentinamente perdeu suas histórias. A água acabou. O desastre era eminente.
Ele partem no ônibus do MasMas em direção a um compromisso de trabalho do pai. Seu filho Haroun o acompanha e decide investigar à sua maneira este que era mais um dos PCD+P/EX (Processos Complicados Demais Para Explicar). Durante a noite ele tem um encontro com Iff, o Gênio da Água e parte com este em direção a lua Kahani.
Lá ele encontra peixes Milbocas, Jardineiros Flutuantes, as cidade de Gup e Tchup. Desafia os Cabeças de Ovo e seu chefe Leão Marinho. Encontra o Príncipe Bolo e a Princesa Batchit (com sua voz horrível), os pagens páginas e o exército de páginas divididos em capítulos, volumes, livros, formando um exército-biblioteca. (Quem disse que os livros são armas?)
Na zona da Meia-Luz, Khattam-Shud líder dos Tchupwallas, que idolatram Bezaban (o sem língua) silenciosamente há um plano para calar os gupis e poluir o Mar de Histórias... A maneira como esta aventura salvará o contador de histórias é segredo. Quem quiser saber, que leia o livro!



RUSHDIE, Salman. Haroun e o mar de histórias. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
Copyright © 1990 by Salman Rushdie
Título original: Haroun and the Sea of Stories


Os capítulos são: 1. O Xá do Blábláblá; 2. O Expresso Postal; 3. O Lago Sem Graça; 4. Um Se e um Mas; 5. Os Gupis e os Tchupwalas; 6. A história do espião; 7. Na Zona da Meia-Luz; 8. Guerreiros das Sombras; 9. O Navio das Trevas; 10. O desejo de Haroun; 11. A Princesa Batchit; 12. Foi mesmo o Leão Marinho?

"E era verdade que estava chovendo tanto na cidade triste que só de respirar a gente quase se afogava." (pág. 24)

"(...) Apareceram avisos à beira da estrada alertando sobre o perigo extra, em palavras tão severas que já nem rimavam mais. Um deles dizia: VÁ DEVAGAR OU MORRA DEPRESSA;" (pág.39)

"É a neblina", explicou Haroun. É a Névoa Malévola." (pág. 49)

"A casa flutuante se chamava As Mil e Duas Noites, pois (como disse MasDemais com muita empáfia) "nem nas Mil e Uma Noites existe algo assim."(pág.54)

"(...)qual é o sentido de se dar às pessoas Liberdade de Expressão, e depois dizer que elas não devem utilizá-la? E não é o Poder da Palavra o maior de todos os Poderes? Então decerto deve ter plenas garantias de exercício!" (pág. 139)

"(...) É o nome dele. Ele está tentando se apresentar! Mudra. É o nome dele. Ele está tentando se apresentar! Mudra. Fala Abinaya. É isso que ele está dizendo! 'Abinaya' é o nome de uma língua, a Linguagem de Gestos, a mais antiga de todas, e que, aliás, eu por acaso conheço." (pág.152)

"Kahani", respondeu o policial, alegre, deslizando pela rua inundada. "Não é um belo nome para uma cidade? 'Kahani' quer dizer 'história', sabiam?" (pág.253)

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sábado, 13 de agosto de 2011

Dica de Música Oriental - Sam Destral



Electrorcisme por Sam Destral 

(clique e ouça)
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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

"Não há sinal da fruta quando se compra o broto" Frases de Sampath em meio ao rebuliço...

"Acrescente limão ao leite e ele azedará. (...) Mas acrescente um pouco de açúcar, senhora, e puxa!, como esse leite ficará gostoso." (pág. 79)

"Uma vez tendo quebrado a garrafa, não poderá mais distinguir o ar de dentro do ar de fora." (pág. 98)

"Não há sinal da fruta quando se compra o broto." (pág. 98)

"Se mantiver a água parada , logo a sujeira se assentará no fundo. Se mexer o leite, a água subirá à superfície." (pág. 121)

"Toda ameixa tem seu próprio começo. Toda ervilha tem seu próprio fim." (pág. 159)

"Sampath passara a manhã examinando uma coleção de coisas que colocara dentro de uma velha lata quando chegara ao pomar. (...) Depois de cerca de um mês no pomar, concluíra que só valia a pena colecionar coisas quando se vivia longe delas, e não no meio de todas as recompensas de seu desejo, não exatamente onde tudo que amava crescia e se movia constantemente por perto." (pág. 172)

"Passe mel na boca e ficará cheia de moscas." (pág, 184)

"Muitos montes fazem um montão. Todo feijão tem o seu preto." (pág. 185)

DESAI, Kiran. Rebuliço no pomar de goiabeiras. Rio de Janeiro: Record, 2000.

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Escolhendo a nora perfeita!

"Em dado momento, toda família com filho tem de conseguir uma nora. A garota que fosse se casar com o filho da casa deveria ser de boa família. Deveria ter uma personalidade agradável. Seu caráter deveria ser decente e não desavergonhado e atrevido. A garota deveria manter os olhos baixos e, como seria humilde e tímida , deveria também manter a cabeça baixa. Ninguém quer uma garota que encara as pessoas com olhos enormes de sapo. Deveria ser clara, mas, se fosse morena, o dote deveria incluir pelo menos um dos seguintes itens: um aparelho de televisão, uma geladeira, um armário de aço Godrej e, talvez, até mesmo uma motoneta. A garota deveria ser boa aluna e demonstrar proficiência em uma variedade de campos diferentes. Quando cantasse, a sua voz deveria ser doce como o mel e provocar lágrimas de alegria. Quando dançasse, as pessoas deveriam exclamar "Ahhh!", com um prazer estupefato. Deveria ficar claro que ela não dançaria e não cantaria depois de casada e não envergonharia a família. A garota deveria ter passado em todos os exames no primeiro grau, mas escutaria respeitosamente as prelações dos futuros parentes sobre diversos temas em que eles próprios haviam sido reprovados  na escola secundária.
Não deveria ser aleijada. Deveria dar alguns passos, delicadamente, os pés pequenos sob o sári. Não deveria dar passos largos  nem erguer as pernas como um cavalo. Deveria sentar-se em silêncio, com os joelhos unidos. Deveria falar só um pouco para mostrar que não era muda, mas não falar demais. Poderia dizer apenas uma palavra, ou talvez duas, depois de ter sido insistentemente solicitada com adulação: "Somente algumas frases. Somente uma frase." (...)
Ela não poderia ser gorda. Deveria ser agradavelmente rechonchuda, com quadris largos e seios grandes, mas a cintura fina. Embora generosa e bem-humorada, a garota deveria ser frugal, e não do tipo que esbanja a riqueza da família. Uma garota que, embora calada, fosse capaz de discutir o preço dos legumes e pechinchar com os vendedores, de reconhecer todos os seus truques sujos e expô-los. Conversas sobre marido e filhos deveriam lhe causar timidez e embaraço a ponto de ela ter de ocultar o rosto, vermelho como um botão de rosa, na dobra de seu sári.
Então, se tivesse preenchido todos os requisitos de um caráter sólido e talento admirável, se seus pais tivessem concordado com todas as contribuições financeiras necessárias, se os adivinhos tivessem concluído que as estrelas era favoráveis e os planetas compatíveis, todos poderiam rir aliviados e erguer o queixo e dizer que ela era exatamente o que estavam procurando, que ela seria uma filha em sua família. Essa é, afinal, a família do garoto. Estavam à altura de seu senso de orgulho." 


(DESAI, Kiran. Rebuliço no pomar de goiabeiras. Rio de Janeiro: Record, 2000. pág. 62-63)
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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Dica de Música Oriental - Jasser Haj Youssef & Geoffroy De Masure



Jasser Haj Youssef & Geoffroy De Masure - Last Night In Tunisia.



Clique e ouça Invocation, minha música favorita deste álbum classificado como jazz improvisation oriental.
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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Rebuliço no pomar de goiabeiras - Kiran Desai.


   Após um incidente numa festa de casamento que lhe custou o emprego no correio e envergonhou a família Chawla, o jovem Sampath decidiu mudar a sua vida. Deixou tudo para trás e partiu em busca da sua liberdade. Pegou o primeiro ônibus partindo do bazar. No meio do caminho, incomodado pela companhia de uma velha senhora, pulou a janela e seguiu em direção a um pomar.
   Sua família foi ao pomar tentar convencê-lo a voltar para casa. O pai, a mãe, a avó e a irmã, com pretensão de arrumar um casamento, não conseguiram fazer Sampath descer da goiabeira onde havia se instalado. Estranhamente eles decidiram viver numa cabana nos limites do pomar quando o pai reconheceu aí uma oportunidade de enriquecer: o povo começou a apontar Sampath como o baba da árvore, o guru do pomar. 
   Quando o bando de macacos ladrões de doce na porta do cinema passou a viver no pomar e mudou de alvo e começou a roubar bebida alcoólica o rebuliço tomou forma. Os devotos, que agora compareciam em horários determinados para pedir benção e ouvir as sábias palavras do guru, compravam do Sr. Chawla oferendas a serem depositadas ao pé da goiabeira (e mais tarde revendidas pelo mesmo senhor aos próximos devotos) dividiram-se entre defensores e inimigos dos macacos bêbados. Sampath ficou famoso: de toda a Índia chegaram cartas, pedidos, presentes, mais visitantes e até mesmo um cético espião determinado a desmascarar o guru charlatão.
   Toda a Shahkot se envolveu tramando planos para espantar, expulsar, capturar ou matar os símios. Representantes do exército, médicos, políticos e até mesmo a família de Sampath queriam livrar o pomar dos macacos. Sampath foi se sentindo sufocado. Ele havia saído de casa buscando a liberdadee  no pomar já não era mais livre. 
  O ritmo da narrativa acelera nos últimos capítulos. No dia marcado para a batalha de captura dos macacos, a irmã de Sampath marcou um plano de fuga com seu amado, o sorveteiro. A indecisão do garoto entre uma rechonchuda noiva escolhida pelos pais e a maluca irmã de Sampath (que estranhamente demonstrou o seu amor arrancado um pedaço de sua orelha com uma mordida) levaram-no a perambular pelas ruas de mão única atrapalhando a caçada. Os militares prendem o sorveteiro, a sua amada o espera. A mãe de Sampath planeja um macaco para mais uma de suas refeições especiais para o filho. O espião, convencido de que havia algo de estranho na alimentação do guru, subiu na árvore que havia sobre o fogo, determinado a coletar uma amostra da panela onde a Sra. Chawla preparava os ingredientes... E o improvável acontece...
  Onde está Sampath? Onde estão os macacos? Foram capturados? O que aconteceu com o espião?


DESAI, Kiran. Rebuliço no pomar de goiabeiras. Rio de Janeiro: Record, 2000.
Copyright ©  1998 by Kiran Desai
Título original: HULLABALOO IN THE GUAVA ORCHARD
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sábado, 6 de agosto de 2011

Pyaar kiya to darna kya?


Pyaar kiya to darna kya? O que quer dizer mais ou menos por que ter medo de amar? (RUSHDIE, Salman. Os versos satânicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.)
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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

"Os Versos Satânicos" Salman Rushdie

"Para nascer de novo", cantava Gibreel Farishta despencando do céu, "é preciso morrer primeiro. Ho ji! Ho ji! Para pousar no seio da terra, é preciso voar primeiro. Tat-taa! Taka-thun! Como sorrir de novo, se não se chorou primeiro? Como conquistar o coração da amada, mister, sem um suspiro? Baba, se você quer nascer de novo..." (RUSHDIE, 1988, pág. 13)

Assim começa a história de Gibreel e Chamcha, despencando do avião e transmutando... Entre as 523 páginas encontram-se pérolas como "Quem pede a permissão da semente para plantar?", uma miríade de referências as hamza-nama (miniaturas persas fundidas aos estilos kannada e keralan), descrição das vestimentas como a kurta de estilo bengalês (com cadarços amarrados no pescoço num laço). É um livro para ser lido devagar, consultando sobre as metáforas que referenciam informações, músicas, filmes, livros, mitologias, histórias e aspectos culturais do Ocidente e do Oriente...


Não pretendo me alongar neste post, nem escrever sobre o fato que tornou a obra famosa e levou a condenação de morte ao autor. Quem quiser mais informações sobre o tema há uma vasta seleção de artigos disponíveis na internet. É sem dúvida uma obra para ser explorada em leituras diversas.

RUSHDIE, Salman. Os versos satânicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
Copyright ©  1988 by Salman Rushdie
Título Original
The Satanic Verses

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No calor da Índia: Punkah e os Punkah Whalla



Punkah (pronuncia-se pankha) são os antigos "ventiladores" do subcontinente indiano, eram movidos pelos punkah-wallah, como são chamados os serviçais contratados especialmente para movimentar o punkah, amenizando o calor dentro dos ambientes.

"Os grandes leques punkah originais ainda estavam em perfeitas condições de funcionamento, todo o cordame de operação passando por roldanas e orifícios nas paredes e pisos até o quartinho onde ficava o punkah-wallah puxando o conjunto todo, preso na ironia do ar fétido daquela pequena cabine sem janelas de onde enviava frescas brisas para todas as outras partes da casa." (RUSHDIE, Salman. Os versos satânicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, pág. 222)

Na imagem Punkah no Mehrangarh Fort Palace, Jodhpur. 
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