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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Madras - xadrez indiano na moda

Xadrez me lembra inverno, frio... Mas eu estava lendo sobre o xadrez Madras, que é originário da região de Madras (atual Chennai), na Índia. =O

O artigo dizia que o Madras está na moda desde o século XIX, tempo da Revolução Industrial em que o Império Britânico estava sob o domínio da rainha Vitória. 

A revolução, que esteve relacionada ao impulso da indústria do vestuário e da tecnologia têxtil, coincide com o momento em que os ingleses anexavam a Índia ao seu império. (Onde o sol nunca se punha...)

Desta forma, levaram o para a Europa e para o mundo a técnica de produção do madras e a estamparia por meio de carimbos.

Eu tenho uma blusinha de verão com estampa Madras, adoro a composição colorida e os pequenos botões de madrepérola dela e sim, é Made in India...
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terça-feira, 29 de maio de 2012

Compras na Índia: o que comprar em cada região.

Cada região da Índia é reconhecida pela sua especialização na produção de diferentes ítens. Confira um guia com sugestões sobre o que comprar nos principais estados da Índia:

Rajasthan

Tecidos coloridos bordados com espelhos.
Cerâmica vitrificada azul, pedras preciosas e semi preciosas em Jaipur, a Cidade Rosa.
Bonecos de papel machê, pinturas e objetos de bronze.
Sapatos masculinos tradicionais (aqueles que tem uma curva por cima do pé).


Karnataka

Objetos de sândalo perfumado. Esculturas de sândalo e incenso nos arredores de Mysore.


Uttar Pradesh

Itens de cobre e latão.
Objetos de mármore com incrustações de pedras semi-preciosas inspirado no Taj Mahal em Agra.
Objetos de couro na região de Kanpur.
Seda e sarees em Varanasi (preste atenção quanto a qualidade e pureza das peças).
  

Goa 

Fenni (bebida alcoólica tradicional) de caju ou de coco. Pode ser comprado em garrafas decorativas. Roupas hippies coloridas.
Maharastra

Calçado dos mercados de Mumbai, particularmente em Bandra.
Chappals (sandálias) de couro nos arredores de Kolhapur e Pune.
Mantas, lençóis, colchas e sarees da indústria de tecelagem padronizada de Himroo em Aurangabad.
Seda de ótima qualidade e sarees com fios de ouro são feitos em Paithan, perto de Aurangabad.


West Bengal

Louças de terracota, incluindo taças, estatuetas.
Tapeçarias de parede.
Instrumentos tradicionais indianos em Kolkata, a Capital Cultural da Índia.
Deliciosos e aromáticos chás em torno de Darjeeling e Kalimpong.

Bihar


Esculturas de madeira. Pinturas folclóricas artísticas e cerimoniais madhubani em torno de Patna.

Himachal Pradesh

Xales de lã e bonés para o clima frio de inverno próximo às montanhas do Himalaya no Vale do Kullu. 
Tradicionais tapetes tibetanos, jóias de prata, rodas de oração, bandeiras, objetos de meditação, tigelas, japamalas, música com influência da comunidade tibetana em McLeod Ganj e Dharamsala.

Kashmir

Tapetes com técnicas de produção importados há muito tempo da Pérsia.
Artigos de papel machê.
Botas de couro e calçados.
Móveis de madeira esculpida


Punjab

Tradicional phulkari (cultivo de flores) bordadas em brilhantes desenhos de flores coloridas em roupas, colchas e tapeçarias. (Infelizmente, esta arte tem diminuído em popularidade e está em risco de extinção.) 

Orissa   

Jóias de prata intrincada, jóias tribais.
Tarkasi (trabalho de filigrana) de Cuttack é um dos melhores do mundo.
Artesanato: pinturas em tecido, esculturas em pedra e em madeira, brinquedos de madeira em Raghurajpur, a um dia de viagem de Puri.


Tamil Nadu

Saris de seda de Kanchipuram (Kanjeevaram), perto de Chennai, entre os melhores da Índia. Economize comprando onde eles são feitos e tome cuidado com as falsificações dos sarees de seda.

Livremente adaptada de Go India About.com

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domingo, 27 de maio de 2012

Estrangeiros procuram descobrir a Índia na literatura do país

Manu Joseph
Em Nova Déli (Índia)


Assim como a alma de Lord Voldemort, o famoso evento literário anual de Nova Déli não é um fato interno. Na verdade, ele ocorre a 200 km de distância, em Jaipur, uma cidade de antigas muralhas e ruínas. O Festival Literário de Jaipur, que começa na sexta-feira (20/01), tem a duração de cinco dias. É para lá que seguirão os escritores, leitores, editores, críticos e apresentadores de televisão de Nova Déli – e também aqueles políticos capazes de ler e escrever.
Lá estarão multidões enormes e alegres que deixarão desconcertados escritores de países que não possuem tantos habitantes. E haverá festas em palácios antigos, tendo como pano de fundo fortes iluminados. Os fãs entusiasmados conhecerão algumas das maiores figuras literárias do mundo, escritores conhecerão outros escritores e haverá alguns episódios de bajulação.
Nos últimos dois anos o número de festivais literários na Índia tem aumentado bastante. Mas nenhum outro festival foi capaz de superar o apelo e o glamour desse autêntico carnaval cultural de Jaipur, que teve início em 2006, como um evento modesto, e que acabou crescendo em tamanho e fama. Entre os palestrantes deste ano estão Oprah Winfrey, Annie Proulx e Michael Ondaatje. Um convite feito a Salman Rushdie provocou protestos de grupos muçulmanos conservadores que não o perdoaram por ter escrito o livro “Os Versos Satânicos”.
O cerne do festival é uma feira literária séria, e os seus eventos periféricos se constituem em um circo cômico. No ano passado, o escritor sul-africano J.M. Coetzee manteve uma multidão de mais de 500 pessoas em um estado de atenção intensa ao ler um conto. Mais tarde, o escritor, que ganhou o Prêmio Nobel de Literatura, foi obrigado a apressar o passo para fugir de um homenzarrão que o perseguia enquanto comia um petisco e gritava: “Senhor, senhor, me dê algumas dicas sobre como escrever”.
Uma grande quantidade de escritores sem obras publicadas chegam de diferentes partes da Índia para pedirem ajuda para publicação dos seus escritos a escritores famosos, agentes e editores. Certa vez, em Jaipur, um escritor indiano popular foi surpreendido no banheiro por um homem que desejava que ele lesse o seu manuscrito não publicado.
A pompa do festival de Jaipur é desproporcional ao tamanho e à qualidade das obras literárias indianas em inglês. Ainda que os romances em língua inglesa sejam comuns na literatura da Índia, a venda de 10 mil exemplares de um livro é considerada um feito extraordinário. Um diretor do Prêmio Literário Homem Asiático, que recebeu um grande número de inscrições da Índia, diz ter achado que a maioria dos concorrentes indianos é medíocre.
Irritados, escritores que não têm as obras publicadas acusam os donos das editoras, que situam-se principalmente em Nova Déli, de só publicarem os trabalhos dos indivíduos que são os seus companheiros de bar. Já as editoras dizem que a esmagadora maioria dos manuscritos que recebem são horríveis.
Existe uma hierarquia velada entre os escritores indianos que nada têm a ver com a qualidade das obras: os escritores que foram publicados no Reino Unido e nos Estados Unidos recebem muito mais atenção na Índia do que aqueles cujos trabalhos não foram lançados no exterior.
A aspiração ostensiva e dissimulada dos aspirantes a escritores indianos de língua inglesa é ter as suas obras publicadas no Reino Unido e nos Estados Unidos. É por isso que alguns jovens escritores ambiciosos participam de eventos como o Festival de Jaipur – para fazer amizades úteis, impressionar e cercar representantes de editoras estrangeiras e agentes literários.
Um dos indivíduos mais procurados nos círculos concêntricos do establishment literário indiano é David Godwin, o agente literário britânico que representou o livro “The God of Small Things” (“O Deus das Coisas Pequenas”), de Arundhati Roy, que ganhou o Prêmio Booker de 1997 (o Booker é a última fronteira para o sucesso na literatura indiana de língua inglesa).
O endereço eletrônico de Godwin é cuidadosamente guardado por aqueles que o possuem, mas mesmo assim ele recebe inúmeros manuscritos não solicitados e questões de escritores indianos. Quando Godwin participa de eventos como o Festival de Jaipur, as pessoas o seguem como se fossem a cauda de um cometa.
O interesse das editoras britânicas e norte-americanas pela Índia e o sucesso de alguns escritores indianos no exterior tiveram uma influência tremendamente corruptora sobre a literatura indiana em língua inglesa. Hoje em dia há uma verdadeira enxurrada de escritores indianos que tentam vender a grande temática exótica indiana aos homens brancos, e que acreditam que o que os estrangeiros adoram é a tradição, a pobreza, as cenas de casamentos, a queima de viúvas, as reencarnações e os macacos falantes, entre outras coisas. E quando um romance indiano é selecionado por uma editora estrangeira, surgem imediatamente as suspeitas de que o livro provavelmente seja desonesto.
Mas o que as editoras britânicas e norte-americanas fazem é simplesmente escolher romances indianos que possam ter sucesso nos mercados dos seus países. Por isso, algumas vezes a escolha dessas editoras não recai necessariamente sobre aquilo que há de melhor na literatura indiana de língua inglesa. A busca das editoras estrangeiras por obras literárias na Índia faz lembrar a busca humana por seres extraterrestres. Por exemplo, a Nasa está em busca de planetas que possuam oxigênio e água, planetas que possam sustentar a vida orgânica. Ou seja, os seres humanos estão na verdade em busca de seres humanos. E os leitores estrangeiros de romances indianos estão à procura de si próprios em histórias que se passam em um mundo que seja elegante, mas não incompreensível.

Quando o livro “The White Tiger” (“O Tigre Branco”), de Aravid Adiga, foi lançado na Índia, as críticas feitas foram em sua maioria muito negativas. A forma como ele retratou e caracterizou as realidades indianas foi considerada ingênua e errônea. As vendas do livro foram modestas no país.

Mas havia algo quanto a essa obra que os estrangeiros adoraram, algo que os indianos não puderam enxergar. O livro acabou ganhando o Prêmio Booker. A premiação fez com que o romance voltasse a ser publicado para os indianos, e ele transformou-se em um dos livros indianos de maior sucesso no país.
Não é de se surpreender que a maioria dos escritores indianos que foram publicados no Reino Unido e nos Estados Unidos consista de cidadãos ou de moradores daqueles países. Eles são capazes de interpretar uma história de uma forma que os estrangeiros possam apreciá-la porque eles próprios são estrangeiros. Essa é a qualidade fundamental daquilo que em inglês é denominado “literatura global” - os livros bons e os medíocres que o Ocidente entendeu. 



*Manu Joseph é editor da revista semanal indiana “Open” e autor do romance “Serious Men” (“Homens Sérios”)


Do original em UOL Notícias  19/01/2012 
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Bolsa Kali e Hanuman

 
 Lindas! 
Da Play Clan.
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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Fantasia Indiana. Faça a sua!

Vejo que muitos visitantes chegam aqui no blog pesquisando sobre roupas e vestimentas indianas e alguns tem interesse em uma fantasia "de Bollywood" para algum evento. No site Burda Style tem uma seleção de fantasias indianas para adultos e crianças que reproduzo aqui. Você pode inclusive ver os "desenhos técnicos" com os famosos moldes para fazer em casa!




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terça-feira, 22 de maio de 2012

Designers indianos: All Star pintados à mão

















Confira mais em Play Clan.
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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Mantra restaurante indiano

A dica de hoje foi enviada pela aniversariante do dia Helena meses atrás.



Trata-se de um link que ela encontrou no Street Style Porto Alegre sobre o restaurante indiano Mantra

Estou reproduzindo duas imagens da postagem original. Quem sabe em breve não compartilho algumas imagens minhas do interior do Mantra?


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Mais d'O Tamanho do Céu


"O céu é um oceano de cabeça para baixo" (UMRIGAR, 2009, pág. 380)
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quarta-feira, 16 de maio de 2012

From Brazil to India: Giselli Monteiro



Veja quem eu encontrei enquanto estava navegando pelo catálogo de produtos da empresa que eu comprei meu último saree...

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terça-feira, 15 de maio de 2012

Gilberto Freyre, moda indiana e aculturação...



Lendo um artigo sobre aculturação Oriente X Ocidente na obra do sociólogo brasileiro Gilberto Freyre, uma das análises me chamou a atenção.

Escrevendo sobre o vestuário dos brasileiros, que costumam usar a camisa por fora das calças, Freyre diz que esta é uma herança indiana trazida pelos portugueses e adaptada pelos moradores que foram se estabelecendo no interior do Brasil.
Imagem
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segunda-feira, 14 de maio de 2012

Cultura Indiana para crianças brasileiras IV - A ponte dos macacos

Mais uma história da Cia. Ópera na Mala


Noor Inayat Khan foi uma princesa indiana, filha de um mestre sufi, escritora e contadora de histórias para crianças, enquanto tocava sua tampura.

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quinta-feira, 10 de maio de 2012

O Singh que naufragou numa ilha...




(...) Já lera a respeito da terra dos árias asiáticos e pérsicos, que, segundo alguns, seria o próprio Pólo Norte. Levava uma vida secreta num mundo de planícies sem fim, montanhas altas e áridas, de picos nevados, entre cavaleiros nômades, montando minha tenda todos os dias ao lado de frias torrentes esverdeadas, que desciam turbulentas as encostas de rocha parda, acordando nas manhãs enevoadas e chuvosas, cheias de perigo. Eu era um singh. E sonhava que por todas as planícies da Ásia Central os cavaleiros procuravam por seu líder. Então um homem  sábio vinha a eles e dizia: “Estais a procurar no lugar errado. Vosso verdadeiro líder está muito distante, pois naufragou numa ilha tal que não podeis sequer concebê-la”. Praias e coqueiros, montanhas e neve: eu colocava as imagens lado a lado.

V.S. Naipaul em Os Mímicos.
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